No século IX, um monge irlandês anónimo escreveu, no mosteiro de Reichenau, um poema ao seu gato branco, Pangur Bán, companheiro nas longas e solitárias horas de trabalho sobre textos que, já na altura, eram antigos e de difícil compreensão.
Segue a transcrição do texto original e uma tradução livre da minha mão:
Messe ocus Pangur Bán, cechtar nathar fria saindan bíth a menmasam fri seilgg mu menma céin im saincheirdd. Caraimse fos ferr cach clú Orubiam scél cen scís Gnáth huaraib ar gressaib gal Fuachaidsem fri frega fál Faelidsem cu ndene dul Cia beimmi amin nach ré, He fesin as choimsid dáu |
Eu, e mais Pangur o Gato, trabalhamos de modo grato: ele, ávido, a caçar os ratos; eu a escrever em livros raros. Não há gesta de glória vaidosa E passamos horas, sós na casa Às vezes sucede que desafia um rato Descansa a olhada, de momento frustrada, Que alegria invade o coração do meu gato E desta forma trabalhamos ambos: A prática virou Pángur Bán mestre |
Podes ouvir uma versão (moderna) do poema musicado por Pádraigín Ní Uallacháin, do seu álbume Songs of the Scribe. Há também uma pouca (mais não muita) de informação adicional no artigo correspondente da Wikipédia, incluída uma tradução para o inglês.