Um breve guia de estilo visual da Arte do Combate

A medida que a escola medra aumentam também as aplicações do logótipo e da sua marca. Recentemente surgiram algumas dúvidas acerca da colocação dos mendos nas jaquetas, por exemplo.

O objetivo deste guia não é estabelecer um conjunto de normas rígidas que o estudantado da AdC deve seguir, mas uma série de dicas que ajudem a compreender a estética que o clube quer projetar.

Sobre estas dicas faz sentido aplicar o critério e preferência de cada quem a nível estético ou prático. Ter uma cor particular no cabo da espada pode ser nem só idiossincrasia, mas prático para a diferenciar doutras semelhantes, por exemplo.

Outras vezes será o equipamento o que imponha limitaçons nas cores ou estética. Isto pode ser compensado se o resto de escolhas são feitas com inteligência (ver mais adiante em «cores»).

A estética pretendida

A estética da AdC, como evidenciada no logótipo, é:

  • moderna
  • contrastada
  • sólida
  • minimalista

Especificamente, não temos uma estética historicista. Não usamos fardos de recriação, nem de forte inspiração nela. Considero que já a nossa atividade e as ferramentas que empregamos nos situa com clareza nesse campo, e que tem maior utilidade destacar a forma moderna em que nos aproximamos ao estudo das artes marciais do passado.

Como lema guia: Weniger, aber besser.

Guia geral de estilo na vestimenta

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Roupa confortável e técnica para desporto, de cor dominante preta (negra).

Não utilizamos roupa militar, de caça, nem «de vestir». Queremos transmitir a ideia de que estamos a fazer uma atividade física, exercício, movimento, e um contexto presente, pacífico e diferente doutras atividades que podem ter a sua própria imagem.

Camisola com o logótipo da AdC, de preferência. Isto é opcional mas recomendado para as aulas regulares, e imperativo para exibições ou outras atuações públicas.

Calças longas de perna inteira, de preferência ajustadas. Isto é por motivos práticos e também para evocar levemente as que foram usadas no S.XV.

Dentro da comodidade de cada quem, roupa ajustada também para o torso: tem a memória da histórica, é mais útil no Ringen (permite pegadas no corpo, em vez de na roupa) e facilita vestir as proteções, pois não cria bolsas de tecido por baixo ou dentro delas (problema e solução, por certo, que também se dava na roupa e as armaduras do XV).

Cores

A base da vestimenta, proteções e qualquer material que vaia na pessoa deve ser preta. Para dar um pouco de volume e contraste, algumas partes ou peças podem ser de cores cinzentas, tirando preferentemente a tonalidades escuras.

Com moderação, pode-se usar o marelo do logótipo (PANTONE 137C, RGB #FFA100) como acento. Exemplos: fio nas costuras, cabos das espadas, luvas interiores nas luvas pesadas, bordados para identificar a prenda… Pode-se ficar bem mesmo em prendas interiores à camada externa de proteções (a camisola por dentro da jaqueta, por exemplo).

Como se indicou no início do artigo, pode fazer sentido usar outras cores de destaque para diferenciar o equipamento próprio (cor do cabo da espada, cor das correias das proteções, etc), mas mantendo o domínio da cor preta. Recomendo também harmonia na escolha: se a tua cor pessoal vai ser azul, que seja sempre azul, ou verde, ou vermelha — a mistura de cores resulta confusa.

Compre ter também presente que o equipamento protetor às vezes vem nas suas próprias cores, que pode não ser fácil mudar. Às vezes é possível prever isto e escolher o resto de itens com harmonia (por exemplo, os equipamentos Red Dragon trazem destaques vermelhos: seria boa ideia usar o vermelho como cor de acento no cabo da espada, ou noutros lugares). Outras vezes (se temos vontade), pode-se decorar ou personalizar esse equipamento, pintando as cores estranhas em amarelo, etc. Outras, não há o que lhe fazer — tampouco acaba o mundo.

Uso do logótipo: mendos

Quando começa a juntar o seu próprio enxoval de equipamento, o estudantado da AdC recebe um mendo1 da sala para coser na jaqueta.

O melhor lugar para o mendo é o braço não dominante (esquerdo para a gente destra, direito para a esquerdina), a uns 12cm do cume do ombro. Esta distância existe para ter a possibilidade de colocar um mendo da federação AGEA sobre o da AdC, chegado o momento.

Se esse espaço estiver ocupado por outro mendo (por exemplo, duma outra sala da que provenha a pessoa), pode-se colocar o da AdC por baixo, continuando a linha no braço. Tende presente que as proteções de cotovelo não o cobram.

Se esse lugar não estiver disponível, alternativas são: a) sobre a cadeira não dominante, deixando 2-3 cm até o bordo inferior da jaqueta ou b) ao lado e um pouco mais acima do cóccix, da mesma forma —basicamente, o espelho traseiro da opção a).

Note-se que é suficiente com um só mendo da AdC na jaqueta. Repetir várias vezes desvaloriza o logótipo, que destaca precisamente polo minimalista da contorna.

Há mendos adicionais disponíveis para quem os solicite, e também algumas variantes de desenho, cores e tamanhos. Podem-se usar em sacas de equipamento, ou suéteres, etc — sempre material complementar ao fardo de esgrima.

 

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Notas

  1. Peça de teia com o logótipo. Patch.